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lirik lagu hambre – x-tense

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[verso 1]
yo sigo hambriento, o meu tempo apoquenta-me
eu bebo o veneno, esta sede alimenta-se
a vender mp3 com as letras que eu escrevo dentro
a ver se eles entendem que siento por dentro
eu tentei ser desses que se contenta com menos
mi sienta contento, por eu ter o que eu tenho
não pense na diferença do que vendem para o que eu vendo
e esqueça o facto de ser melhor que 90% deles
cabeça só pensa no que hacer e esquemas a lápis
com o tempo sou eu que enlouqueço
é claro que eu agradeço essas palmas, com uma letra a mais
não converto esse “apreço” num “preço”
a presença da crença de que eu talvez não vença
é da ausência de um deus ou bom senso não consensual
meu vicio é uma benção, e eu a ver se sou abençoado
convença a condença que mereça uma pensão
não se esqueça de mim!!!
se há pensamento que me enche a mente
é este aqui, mesmo no centro de mim
por entre o meu ventre, este aperto esta sede, este incêndio aqui dentro que eu converto em mais letras e pena mim (adlib da moda)
eu ser eu mesmo não é cena que eu venda
para me estenderes tapete nenhum
ser eu vem sem preço, o talento é o que ofereço
o interesse é vender isto, diferente de vender-me
se por acaso a minha audácia de falar sem medo
te magoar sinto que no máximo vá sentir pena
é que se a m-ssa não p-ssa, eu quero lá saber
talvez se eu pit-sse alface não me faça diferença
é uma caça a uma taça tão fácil de ter
aceit-sse eu ser mais um que nem faz sentido
-ssin-sse eu em baixo tanta farsa que eu já pude
fal-sse menos e talvez se torn-sse emprego
o que o safa é que tem graça
e que quem p-ssa engraça com os p-ssos da salsa
esta raiva disfarça-se com piadas que ensaio antes
atrai as muchachas e os machos vêm atrás
o meu alb-m trás mágoas verdades e lágrimas
as tais que eles mascaram, que os fazem mais frageis que eu
expus a bagagem não há nada que não saibam de mim
como é que se ataca um palhaço já transparente?
marca-me um target e arma-te em arnold
e arcas o karma de tornar-te o novo r kelly
a arte de gozar contigo arde em mim, larga-me
ou arma o teu cartel e “andalé, andalé!”
ninguém no parque quer brincar comigo, sei lá porquê
farto de ser o mártir, à parte, ‘sa cagar p’ra mim
será do meu charme a roubar o teu lugar cativo
ai meu deus, que vai ser deles?
será que há mesmo ar p’ra todos?
eu ‘tou hambriento…

[outro]
e às vezes dispenso esta atenção
com a ascenção que tive este ano, meu deus, cada vez pior
pobreza à minha mesa fez deste sonho o que tem de ser
y yo sigo hambriento..

se nao entenderes o que eu sou, paciência
e o tal senso de pertença entre os meus é pra esquecer
teu peso na consciência, sem ofensa, com licença
que ahora es mi tiempo

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