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a mema praça - emicida, rashid & projota lyrics

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[letra de “a mema praça”]

[intro]
madrugada de domingo em são paulo
o show na virada cultural terminou em meio a uma gigantesca confusão
foi a apresentação do grupo de rap racionais mc’s
racio—racionais mc’s, racio—racionais mc’s
os racionais mc’s
foi na praça da sé, uma verdadeira praça de guerra
bombas de efeito moral e balas de borracha
desesperadas, as pessoas tentavam fugir do confronto
“é macaca, é macaca!”
o senhor não poderia ter evitado?

[verso 1: emicida]
ahn, mil mu­le­co­tes e shots de ba­la­lai­ka
cor­te, é o cho­que e os shots são bala, lá e cá
pra quem deus tor­ce? pi­no­te, a guer­ra é lai­ca
pros bota, o nor­te é mi­nha mor­te, еs­ti­lo lai­ka
dois mais dois, cin­co, fo­de­ram com a ma­te­má­ti­ca
foge, ó o pos­tе, min­to, pre­sos tipo at­ti­ca
pi­que nas, so­nho sem ce­las, vol­te, áfrica
lei­cas, li­kes, ló­kis e cops de au­to­má­ti­ca
pla­teia as­má­ti­ca, tos­se, qual a tá­ti­ca?
no chão, como epi­lé­ti­co, tor­to, pu­pi­la es­tá­ti­ca
ver­me­lho, o olho la­cri­me­ja, cena dra­má­ti­ca
trom­ba rota no beco, ar­re­pia sem es­tá­ti­ca
pal­mei­ras e pal­ma­res, a pro­ble­má­ti­ca
pe­les de re­les pre­tos, ló­gi­ca prag­má­ti­ca
fu­gir pro metrô com medo, po­pu­la­ção apá­ti­ca
firmou o que nós ga­nhou des­de cedo, sou apá­tri­da
mais frio que an­tár­ti­da, gam­bé se­gue a prá­ti­ca
a cena que o ibope aplau­de é sin­to­má­ti­ca
fora das qua­tro li­nha’, a vi­o­lên­cia é de­mo­crá­ti­ca
polícia ar­ras­tou me’mo, a noi­te ‘tava fan­tás­ti­ca
[verso 2: rashid]
yeah, eu, a mina e os cara’, do nada, o povo dispara a correr
geral em danger, tipo um rolezin’ na zara
compara, cria uma escara na cultura, não acha
favela mal pegou no lápis, polícia desce a borracha
e não para, nós no desforre, pique povo guajajara (ahn)
multidão na escada, corre, quem tentou parar, rodara
heróis no pau de arara, a imprensa ‘tá tirando
o que chamaram de “conflito”, só tinha um lado atirando
sem camisa e com pressa, os bico’ apontando suas peça
nós andando em caco de vidro, é tipo o pagador de promessa
o choque veio forte em quem grudou na grade
entre pedra e ferro, o ódio conduziu a eletricidade
fui pra ver quatro gênio’, ganhei lacrimogêneo
uma quimera que deságua na esfera de tungstênio
disfere o relato singelo na voz do malaco
então, pergunta pro barcellos quem tentou deixar nós em caco
armaram o corredor polaco, ‘cês joga, eu rebato
sou treinado em taco, passo voado, carro eslovaco (aham)
dum ponto fraco, naco de força contra os opaco’
e a gente só queria liberdade igual otaku

[verso 3: projota]
yeah, yeah
era o show da minha vida e nem no palco eu ‘tava (não)
meu grito era como um apelo enquanto eles cantava
“um, dois”, “um, dois” e o desespero que a bala voava
foi transformando em pesadelo o dia que eu sonhava
justo no show do racionais, ação irracional
eu vi muita estratégia, parecia passional
ficou claro a vida loka, a praça da sé virou minnesota
e a gente era trinta mil george floyd em potencial
e eu, com chinelo na mão, corri pra não virar saudade
vi quando queimou o busão e quando parou a cidade
parecia cenário de guerra (aham) na terra da oportunidade
fizeram de tudo possível pra gente não sair da comunidade
não teve mais rap no centro (não), quatro anos sem a gente poder se ouvir
até que, em 2011, retornou com projota e ogi
batemo’ o recorde de público, chorei quando do palco eu desci
sem v de vingança, só v de vitória, porra, é o rap, fi’
nós é a massa (é), se bate, cresce (aham), a gente amassa
nós é a rua (ei), nós não recua (vai), não há quem faça
um homem na estrada volta pra casa trazendo a taça
mas demorou, porque até jesus chorou naquela praça

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