
tópikos para o artigo - mck lyrics
[intro] ikonoklasta
uh hm
brigadeiro mata*frakuxz;
ikonoklasta;
nkwa kobanza;
1000isegundo;
com mck, trincheira de ideias, é firme!
yah! manos, sintam a mensagem!
eu e o mck vamos levar isso pra outra margem
yah, yah
[verse: 1] ikonoklasta
hey kapa, fala aí meu mano
como é que estás a ver isso depois de mais um ano?
eu cá estou, de volta ao frio
no sítio que desenraiza os africanos
tentando a todo o custo acompanhar o passo
yá kapa, a cena é a seguinte:
um kamba veio ter comigo e pediu*me
que escrevesse um artigo
sobre o que mudou na banda de positivo
do momento em que vim, até ao ano findo
então eu contive impulsos, injetando prudência
quero ver o outro lado da moeda antes de pegar na caneta
peço*te porque és meu kamba
e os kambas não caretam
começo então por dizer o que mudou e o que está na mesma:
vi pontes, túneis, sinais, traços pintados no asfalto
menos buracos
e agora a tcul não é a única com autocarros
todos linhosos e renovados
os destinos no topo cintilando
nem luz, nem água me faltaram na marginal
há fontes que estão sempre a cuspir na bomba da sonangol e no chamavo
aquilo que ousam chamar de centro comercial
e eu tomei isso como muito bom sinal
as faculdades são cada vez mais numerosas
certo que são privadas e com instalações aparatosas
mas significa para muitos não ter que sair de angola
vi edifícios novos
multinacionais certamente
com interesse nos nossos solos
cheios de guardas e medidas de segurança exageradas para a pacatez do povo
a tpa já bumba a dois canais
mas ainda assim continuam sem tempo para mambos educacionais
lutam para a alienação
contrastam com a vontade e realidade nacionais
e será que andei desnorteado
ou estarei certo em dizer que havia menos crianças na rua este ano?
yá, fecho o mambo, esperando que a resposta me elucide
clarifique a mudança ou a desmistifique
e apesar de tudo de bom que me pareceu ter visto
não estou iludido
continuamos numa situação muito triste
[verse: 2] mck
yá, me dá vontade de chorar quando abro a boca pra do que viste
epá, mata*frakuxz foi tudo falso o que viste
os angolanos continuam tristes
tá tudo como deixaste o barco anda na mesma
se tivesse que falar de tudo gastaria uma resma
seria necessário muita folha a4
é impossível comentar num dia 26 anos de teatro
vou passar*te apenas os tópikos da peça
nada disso passa na televisão aponta o que te interessa
já assisti várias peças teatrais
mas nunca vi uma cena mais dramática que essa
vê só como é que a história começa:
a personagem princ*p*l optou pela filosofia de guerra em busca de paz
o seu projecto já dura dois anos
enquanto o rei dos bandidos não aparece morrem outros manos
a plateia imperialista aplaude, promovem os danos
portugal bate lata, e a miséria sacode os angolanos
a nossa cidade tá linda, concordo contigo nkwa kobanza
mas o modo de vida é lastimável apanhamos cornos diários do kwanza
a inflação continua a flagelar os mercados
nenhuma infraestrutura trava os bombardeamentos da fome
no roque, os preços tão ”sempre a subir” como a batida do virgílio fire
a água que é visto no chamavo não jorra nas nossas torneiras
os meninos de rua continuam a comer nas lixeiras
a beleza da cidade esvaziou o estômago do proletário
o tempo que a teixeira duarte subia as pontes
a função pública reclamava salário
o exibicionismo dos políticos não representa o nosso modo de vida
as greves possibilitaram a conclusão do programa escolar
pra salvar o ano lectivo o ministério antecipou as provas finais
como consequência, os alunos aprenderam pouco
e os professores cobraram mais
elevaram a taxa da gasosa por falta de medicamento nos hospitais
os moradores da boavista andam zangados com as tendas
partiram*lhe as casas, tiraram*lhe as rendas
na cidade as parabólicas aumentam a alienação cultural
os miúdos crescem atrofiados
não sabem nada de angola, mauricinhos tejos!
aprendem um conceito errado da vida saem burros do colégios
na tpa as notícias vêm de muletas
o salão de beleza da polícia tem novos penteados, caretas!
luanda continua grafitada com mutilados nas esquina
deslocados com latas de gasolina, vendedoras de v*g*n*
os nossos olhos seguem drama luaty
mas o parlamento em filme é comédia
quem pode fazer algo não liga, e os jovens estão nem aí
estão noutra picada, perdidos no deserto como camelos
acorrentados no consumismo atrás dos últimos modelos
na realização da ”noite pesada”;
”festa da levi’s pregada”;
”festa da t*shirt molhada”;
”festa do lenço de bolso, e da saia travada”
geração da utopia, juventude paiada
escreve o teu artigo brigadeiro
mas não te esqueça que:
o que pra uns sabe mel, pra outros sabe sal
essa é a verdadeira face da nossa terra natal
[outro] mck
yá, yá, yá
isso é uma ”trincheira de ideias”, conexão familiar exata
katrogipolongopongo o mc do bairro de lata
sentados no beat do nk
com brigadeiro mata*frakuxz em cima da chapa
2002
petróleo bruto!
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