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na hora do mate - miro saldanha lyrics

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cansado de estrada e da vida cigana
que a sorte mundana reservou pra mim
juntei uns trocados da lida tirana
e ergui o meu rancho, de barro e capim;
e é onde me sento, já de mate feito
pois, pra ser perfeito, tem que ser -ssim
pra aquecer a alma no sol que ainda arde
e olhar a tarde tranqueando pra o fim

(na hora do mate, refaço caminhos
que o tempo daninho teima em apagar
e, ao sabor do mate, rep-sso lembranças,
renovo esperanças pra, de novo, andar
e, quem sabe, um dia, nesse beijo amargo,
a morte, a lo largo, me encontre a matear
e eu vire uma estrela que, no céu, se estampa
para olhar a pampa’a dormir e sonhar)

elevo, em silêncio, em meio à quietude
a prece dos rudes ao patrão dos pais
pra quem tem um pingo, um rancho e saúde,
nem é at-tude querer muito mais
mas peço que, um dia, meu rancho se cubra
de uma luz tão rubra quanto o sol que vai
e o amor se faça, num colo moreno
de suor e sereno da noite que cai

(na hora do mate, refaço caminhos
que o tempo daninho teima em apagar
e, ao sabor do mate, rep-sso lembranças,
renovo esperanças pra, de novo, andar
e, quem sabe, um dia, nesse beijo amargo,
a morte, a lo largo, me encontre a matear
e eu vire uma estrela que, no céu, se estampa
para olhar a pampa’a dormir e sonhar)

- miro saldanha lyrics

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