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lirik lagu à deriva – bloco verbal

[refrão – joka & brutus]
porque é que tu ficas, retraída quando estou de partida?
porque é que complicas, e me deixas a vaguear à deriva?
eu não sei se tu tens algum plano para um futuro comigo
mas também já fiquei mentalizado que não vou ficar contigo

[verso 1 – broma]
surgimos na alquimia de uma sinergia rara
harmonia afrodisiaca que nos impulsionara
numa fantasia física atípica indomável
sem a monotonia típica duma cena estável
instruimos palavras ao afeto que procuramos
emergimos na alvorada pelo s-xo que potenciamos
o resto? marasmo sarcasmo ao amor real
fabricamos fervor humano sem calor emocional
ficamos no fulgor teatral nada é conjugal
normal, ate o verbo amar conjugamos mal
e vamos da empatia a apatia que retemos os dois
quebra da sintonia que abriu via ao que temos hoje
vivemos afastados, desencontrados no mesmo espaço
com p-ssos descomp-ssados baços e sem regaço
contacto quase nulo recuso o estimulo do teu corpo
deambulo enquanto obturo a necessidade do teu conforto

[verso 2 – marizé]
a nossa história desvanece, com o p-ssar dos anos
já quase não falamos.. e quando isso acontece..
ficamos sufocados cada vez que conversamos
andamos a criar laços para depois nos enforcarmos
esquecemos o futuro que pintamos..
incolor só traz dor ao rumo que desenhamos
eu fumo os nossos planos tu bebes a esperança
e o motivo emotivo que criou esta aliança
serás tu a metade que eu procuro?
-ssim afastados sem -rg-smos separados no escuro
fico confuso.. fico na dúvida
porque a tua vida não tem espaço para a nossa música
achava-te a única achava-te a última
claro, fui ingênuo e pro nosso término vestes a túnica
eu visto a minha parka da cor do luto e tu
enterras a nossa marca na história do cupido

[verso 3 – tz]
imaginava um futuro contigo
seja em punta cana ou paris, rico ou falido eu sempre fui teu amigo
e as nossas conversas…
servem para mostrar que eu não tenho pressa
mantenho at-tude e se isso te magoa
acho melhor partires para os braços de outra pessoa
porque hoje só falamos, já nem nos olhamos
e se estás ausente então é -ssim que nós ficamos
já nem sei se nós amamos, isso torna-me insensível
ao ponto de querer uma coisa impossível
se a nossa felicidade dependesse de mim
eu nunca o escreveria em momentos -ssim
são frases em fases incompletas
e se me odeias -ssim tanto porque é que não manifestas…
a vontade de ir embora, e se não for agora
eu dou-te um bilhete de ida sem data nem hora

[verso 4 – brutus]
fecho os olhos e ouço os p-ssos da subtileza dos teus pés
sinto-me à deriva em espaços à procura do que és
relembro a forma como caminhavas pela casa
dando forma a tudo o que sonhava, voavas sem asas
e eu adorava ver o teu corpo despido
ou uma camisa minha a fazer de vestido
com o cabelo comprido, tão puro como seda
sinto-me um puto à espera que o tempo retroceda
e me ceda uma chance, de falar e não ficar mudo
por não estar ao meu alcance andar a fazer de burro
deste-me tudo, e agora vejo que não tinhas nada
a não ser o desejo de te sentires desejada
cada palavra tua é pó que o vento levou
e das nossas fotos só sobraram cinzas que o fogo queimou
estou, mentalizado que isto foi um erro, sou sincero
quando digo que por mais que mudes, eu já não te quero

[refrão]
porque é que tu ficas, retraída quando estou de partida?
porque é que complicas, e me deixas a vaguear à deriva?
eu não sei se tu tens algum plano para um futuro comigo
mas também já fiquei mentalizado que não vou ficar contigo

- bloco verbal

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