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lirik lagu hostil – c57

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pa’ meio mundo ficas bem sempre a somar derrotas
a pedir trocos ou bulir pa’ tentar saldar quotas
toquei no fundo, nunca mais faltou nácar ou rotas
e se ouvir porcos a grunhir não tou pa’ dar bolotas
tenho espaço pa’ quem pediu assumimos a track
ou treina o traço pa’ mentir e dominas o pack
já quando passo nem um pio
é só mimos na back
eu já só faço por me rir e dormir mais impec
graça eu acho quando a rotina lembra a comédia
põe*me a pensar em quem atina ou aprenda com rédea
mas vai*se abaixo com empregos acima da média
comigo ‘tão*se a ver gregos ensinam tragédia
‘tão compete conta impossíveis só pa te armares
o show sintético ‘tá na net é só tu ligares
se o rap é como a vida tem níveis e patamares
porque o flow é métrico mas eles medem*se em polegares
ninguém to diz mas vão*se rir do quão seguro ‘tás
é satisfação que ao engulir o teu orgulho dás
os meus abismos acredita o lado escuro traz
eu conheço os traços de quem grita e nem barulho faz
batidas eram sos em código morse
pa’ que a vida fosse o que eu quisesse nunca quis o vosso
com tudo o que eu não soubesse
vês*me? não paro, não posso
a caminhar sem stress
mesmo a avançar com uma entorse
‘tou off*course era quem tá sujeito
já passei por tanta merda só espero que passe o cheiro
servidos na rodagem não temas são só receios
e se a vida é uma viagem problemas são passageiros
problemas são passageiros
foi a aprendê*lo que os usei
problemas são passageiros
tentam escondê*lo mas eu sei
querem*me apático e dócil
sorrisos só pó’ estilo
vem checkar o fóssil
eu mantenho*me hostil
na prática eu oscilo
entre o pré e o pós k!ll
vem queixar da voz vil
eu mantenho*me hostil
pa’ muita gente ‘tás no ponto a combinar com o drama
estarei decente e mais pesado no meu holograma
só conto ‘tar bem calçado pa’ pisar na lama
e na serpente que me furtou do seu anagrama
custou sair da cama a indiferença é confortável
se dás por ti a jogar o jogo do ser amável
entre quem sou e difama a diferença é tão palpável
que eu aprendi a transformar o lodo em água potável
agora bebe há pa’ dar e vender
e pa’ calar aquele que serve de autoridade ao dizer
“ele não percebe, ainda há*de aprender
e encontrar a ponte que leve do ter idade ao fazer”
desde novo com a mesma atitude
se fores atrás do povo não sentiste a mood
sem favores a quem promovo a pena diz*te tudo
guarda o cartaz se não te movo e nem me viste rude
num lamento tipo que eu não luto e nem pesei
se não comovo sempre, apontam que eu sou bruto e nem notei
eu já nem tento sei que desde puto aqui fiquei
no que eu removo dentro
tentei ser adulto e não gostei
‘tão de máscara assumida, isto é um novo tempo
mas sem tinta nesta sala nunca houve alento
a escrita é crua e sentida
mas quem a ouve atento? se me vês na rua
fala*me sem ter louvo ou tento
porque a estima é tão diferente do que eu vou valendo
quando cais com mil revoltas no comportamento
o conseguir seguir em frente é só porque hoje entendo
gostavam mais que andasse às voltas num compartimento
que andasse às voltas num compartimento
não estou pa’ ser ao que assisti
às voltas num compartimento
custou*me a ver, mas eu já vi
querem*me apático e dócil
sorrisos só pó’ estilo
vem checkar o fóssil
eu mantenho*me hostil
na prática eu oscilo
entre o pré e o pós k!ll
vem queixar da voz vil
eu mantenho*me hostil

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