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lirik lagu anos 90 – dillaz

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[verso 1]
boa música eram aqueles tempos
gatos pingados todos arranhados na terra do vento
num campo virado pa a serra a sentir o relento
ou a descer uma ganda ravina em quatro rolamentos
em aldeias não há caras diferentes
toda a gente se conhece se não moras lá, tu tens lá parentes
no meio dessas pessoas sempre as pus impacientes
eu vim de uma família grande
eu sempre tive as costas quentes
lá tou eu, anos 90, a vida é bela
no alcatrão descalço e de cabelo à tigela
traquina com mais uns quantos em bikes fatelas
ansioso e além da mão no bolso alguns 50 guelas
velas eram acesas em alturas de apagão
dava-me jeito eu adorava um apalpão
aproveitava a deixa pra inventar uma à pressão
(ah ah puto -ssanhado tira lá daí a mão)
mas tudo sem maldição
tempos que só a saudade alimenta
e antes de dar com a testa na água benta
como projecto aprovado a minha mãe fez-me em 90
e então fui pa uma terra onde se fez luz só em 70
meu querido zambujeiro
sítio que no tempo tá parado
e como bruxas há lá velhas cuscas como em todo o lado
malcriado, isso eu nunca fui
ralham sem motivo mas deixa tar
deixa lá falar é sinal que eu tou vivo
e as histórias que eu lá tive são contadas
por pessoas que me viram andar de gatas
continuam a ser os mesmos
quer eu tenha muito ou nada
e há anos que me dão respeito
pois sentem-se respeitadas
pra esses um abraço

[refrão]
e as lembranças vão voando
e as memórias também vão andando para trás
mas algumas vão marcando
e vão ficando histórias boas e até histórias más
no sítio que nos viu crescer
com sol ou a chover
mas tu vê e repara aquilo que mudou
a diferença não é muita
não é coisa absurda
mas, meu puto, ao menos sei quem sou

[verso 2]
eu vi-me em tanta história que eu nem sei
desde puto que o meu tico e teco nunca bateram bem
e era vestir uma roupa velha, pegar na fisga e ir po mato
fazer o quê? fazer o quê?
também não sei, eu era um rato
corria tudo o que era lado
e já que não caçava nada
acabava o bus amolgado
motorista chateado
a gritar todo atiçado
deixa chegar o carnaval vais ver se não ficas calado
eu a fugir era um tornado
na minha ginga toda artilhada
uma garrafa na roda
era de alta cilindrada
são lembranças mas enfim são outros tempos (são outros tempos)
montar 20 ratoeiras p’a teres pássaros inocentes
andamentos de criança sem pensar em c-ssetetes
comer pastilhas, lavar dentes à pala dos cigarretes
cheirar a fumo ao pé da cota zézinha
tu nem te atreves
até tinha a mão levezinha
mas levavas uns tabefes
e agora
o mundo evoluiu, isso é normal
vejo que o tempo vai mudando, meu puto
e nós igual
agora que ‘tamos juntos
a acender um palmo e meio
trocamos bikes por carros
já somos quase homens feitos
há que manter o respeito por esta terra movediça
que é o cheiro, a geada, a brisa
manter a tradição do zamba como no tempo dos nossos avós
porque os cotas vão bazando e quem cá fica somos nós

[refrão x3]
e as lembranças vão voando
e as memórias também vão andando para trás
mas algumas vão marcando
e vão ficando histórias boas e até histórias más
no sítio que nos viu crescer
com sol ou a chover
mas tu vê e repara aquilo que mudou
a diferença não é muita
não é coisa absurda
mas, meu puto, ao menos sei quem sou

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