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lirik lagu a culpa é do sistema – facção central

[intro]
entendeu?
eu sou condicionado isso
se eu sujei minhas mãos algumas vezes, dum-dum, não foi porque eu quis isso não
é porque nosso país condiciona nós a viver -ssim, mano

[verso 1: dum-dum]
o sistema quer ver nós de corolla, roubando até umas horas ou vendendo droga
o sistema quer ver nós subindo na vida, trocando com a polícia, com os plaquê na mochila
com as peça entupida, enquadrando um azera
por uma bicicleta, esfaquear o turista
quer nós no flashes de forma negativa
fotos da chacina, fotos da perícia
mó veneno nos fundão, longe da família
sem dinheiro, advogado, visita
muita raiva, muito ódio no coração
cadeia, fábrica de monstrão
o sistema quer mais que a gente se foda
quer nós na cracolândia ou nas maria-louca
ou na contenção de ponto, vida no pé do morro
de colete, radinho, fazendo parte do jogo

[refrão x2: dum-dum]
é do sistema, a culpa é do sistema
(o sistema me coloca nessa situação)
é do sistema, a culpa é do sistema
(hoje eu sou ladrão, hoje eu sou ladrão)

[verso 2: dum-dum]
não temos que nos contentar com carroça de papelão
excluído, garimpando comida no lixão
ou morando na rua junto com os filhos
porque o barraco na área de risco foi demolido
somos seres humanos, embora não pareça
e a culpa é de quem? a culpa é do sistema
quem queima pneu, interdita rodovia também enfrenta a polícia na luta por moradia
bolsa família, vivaleite só leva adolescente pro comércio de entorpecente
não quero meu povo escravizado, humilhado por um salário que não supre o básico
muito se vira nos trinta de monociclo nos cruzamento, fazendo malabarismo
muitos de pistola invade a mansão do empresário
querendo joia, dinheiro, com herdeiro sequestrado

[refrão x2: dum-dum]
é do sistema, a culpa é do sistema
(o sistema me coloca nessa situação)
é do sistema, a culpa é do sistema
(hoje eu sou ladrão, hoje eu sou ladrão)

[verso 3: dum-dum]
chega de se contentar com esmola e moedinha
jogar água e sabão, rodinho nos para-brisa
chega de humilhação nas carona do busão
foda é não ter nem o do pão
o sistema quer nós nos condomínio de luxo, empurrando o carrinho cheio de entulho
enquanto houver pessoas revirando lixo, continua subindo o índice de latrocínio
na fuga da fome, até o homem mais pacífico se torna agressivo, violento, -ss-ssino
nível pé na porta, na missão do cofre
com fura que fura a blindagem do carro forte
mesmo com todo o aparato de segurança: cerca elétrica, câmera, grade com lança
não evita que o excluído da sociedade desista da investida que o livra da dificuldade

[refrão x2: dum-dum]
é do sistema, a culpa é do sistema
(o sistema me coloca nessa situação)
é do sistema, a culpa é do sistema
(hoje eu sou ladrão, hoje eu sou ladrão)

[verso 4: wgi]
tá na hora, tá na hora de parar para pensar
somos consciência humana, porra
a calçada da rua não é cinza, é do vermelho do sangue
pedaços e carne se misturam
pra mídia, emocionante
porta pro pai, é com os amigos no pote
mas se trocar o holerite furador de bala
família desconhecida
a lágrima que cai vai se tornar eterno sofrimento
pro poder contando população em real extremo
para nós, o mais tenso choque
pra quem foi surpreendido sem m-ssagem o bote
debruço no chão, miolos espatifados sem saber a razão
mortos vão de mão dada, as luz ou escuridão
funerária, lucro 100%
pra família, os centavos pra enterrar seus entes queridos
a medicina quer o que se foi morto a tiro?
a autópsia quer o que se são órgãos atingidos?
maldade paira no ar, mais rápido que a bala que vai chegar
[?] com toda força, levando vidas

[outro: wgi]
é do sistema, a culpa é do sistema
o sistema me coloca nessa situação
é do sistema, a culpa é do sistema

- faccao central

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