lirik lagu medo – gonçalo o guiné
[verso 1]
para quê olhar para a tv, não há nada de novo, nada
aumentam os números e continua a fantochada
o povo a pão e água e o governo nem uma palavra
partidos gozam na cara, aproveitam a algazarra
cowboyada na terra onde impera quem tiver lata
quem tiver prata, quem der a pata p’ra ser da nata
viver à fartazana como uma ratazana que escapa
da réstia humana baralhada como uma barata
que merda insana esta, selva urbana, gesta
gente sem colhões nem testa, prestes a acordar da siesta
e a perceber que afinal a fiesta não presta
protеsta agora ou testa se não querеs morrer com a moléstia
digere bem, és tu quem vai pagar a conta
culpas de alguém? culpas de quem se ninguém se aponta?
sonda a verdade, a que te é dada como pr*nta
só te conta metade porque a realidade afronta
[refrão]
o diabo usa gravata e manda props
contudo a malta papa se houver uns trocos para copos
o cerco aperta nervos como se fosse um garrote
a pouco e pouco o medo põe o dedo no teu corte (sente a ferida)
o diabo usa gravata e manda props
contudo a malta papa se houver uns trocos para copos (acredita)
o cerco aperta nervos como se fosse um garrote
a pouco e pouco o medo põe o dedo no teu córtex
[verso 2]
ninguém sabe o que é relax, parece tudo complexo
o mundo perdeu o nexo, tipo o que é que se passa aqui?
o reflexo do express, o preço do excesso
uma sociedade em stress que grita ecstasy
mas espera aí. para de acumular
respira um pouco d’ar, ‘tás a ocupar a mente
somente p’a não pensar
comunicar é urgente, andamos todos doentes
sem sabermos escutar
não dá pr’acreditar numa melhora que demora a chegar
no conforto quem te explora nem se importa de estar
fecha a caixa de pandora, quem te manda espreitar?
quero a minha vida de volta, não uma escolta ao deitar
vivemos tempos insanos com tantos esquemas e planos
até esquecemos quem amamos
rastejemos hermanos, como serpentes estamos
no culminar desumano deste sistema leviano
(vou*te contar um segredo, eu acho que eu tenho medo
vou*te contar um segredo, eu já perdi o medo.)
[refrão]
o diabo usa gravata e manda props
contudo a malta papa se houver uns trocos para copos
o cerco aperta nervos como se fosse um garrote
a pouco e pouco o medo põe o dedo no teu corte (sente a ferida)
o diabo usa gravata e manda props
contudo a malta papa se houver uns trocos para copos (acredita)
o cerco aperta nervos como se fosse um garrote
a pouco e pouco o medo põe o dedo no teu córtex
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