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lirik lagu escrevo ao que sinto – jepe

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[maze]
escrevo-te esta carta/sentença de morte
nunca mais condicionarás a minha sorte
pois sou eu quem a faço, agora que te amordaço
não te oiço, avanço, dentro de mim não tens espaço

fizeste-me tremer, desistir antes de tentar
alimentavas-te de mim, dizias:
“podes frac-ssar, tens de ter cuidado com o que outros vão pensar …”
drenavas-me a energia e a vontade de criar

quero-te dizer que agora transbordo coragem
sinto-me leve, já nao te trago na bagagem
senti-me livre quando cortei as tuas amarras
libertei-me, da prisão das tuas garras

nunca mais controlarás meus actos ou palavras
agora solto emoções que tu antes escravizavas
medo digo-te na cara, não vou ter saudades tuas
continuo aqui à espera de um pedido de desculpas

[hook]
escrevo o que sinto, isto sai-me por instinto…
escrevo o que sinto, isto sai-me por instinto…

[jêpê]
apago mais um cigarro, não devo ser o primeiro
a comparar a minha vida ao conteúdo deste cinzeiro …

nele conto as cinzas, de relações perdidas
por opções ressentidas que na altura tomei
porque tu, só incentivas reacções na defensiva
perdoes? descredibilizas, por isso é que nunca os dei!

e eu sei, que hoje embora esteja ameno
de tanto te ter servido fria, tornei-me pedra de gelo
rendi-me ao teu flagelo
solidifiquei-me raivoso, para derreter e deixar de se-lo , um dia …

vestir a capa de mr.simpatia e voar sobre a ironia, com “i” de intriga no peito
ou então, dar asas à hipocrisia arranjado alternativa para o uso que te tenho feito

-ssim te escrevo e justifico o que faço
com cara de pau, por já ter levado punhos de aço

vivo ao acaso, balançado entre a bondade
e a vontade de impor justiça vingativa em cada acto
porque arrependimentos não mudam o meu lado pic-sso
que encara desculpas ainda de modo abstracto

e o retrato que pintam de mim, é colorido por ti
sim, divido por nós!
sendo -ssim, agradece aos que me apr-ntaram sem fim
foram eles que direccionaram os meus ouvidos para a tua voz

vingança …

[hook]
escrevo o que sinto, isto sai-me por instinto…
escrevo o que sinto, isto sai-me por instinto…

[capicua]
hoje sou eu que falo, só para ver se calo
a voz que nao controlo, a mão que dá o estalo
hoje sou eu que mando e entretanto
saro a ferida que o ego, tornou um cancro

tu és ciume e semeaste ao meu ouvido
toda a desconfiança que me tem ensurdecido
foste quem me cegou e foste quem me negou
viver todo o amor do qual duvido

foste quem escreveu palavras na minha boca
foste quem cheirou a roupa e quem acusou
foste revistar a conta de email de outrem
fizeste a cobrança que outro pagou

tu és paranóia que interroga, mas nunca aceita uma história
questionas e a resposta nunca é satisfatória
desta forma controlas e pões gaiolas em volta
de quem tu gostas, não soltas, fazes escolta

manchas as lentes da gente e com o tempo
vou-me zangando comigo porque amar é diferente
não é com o estômago revolto e a boca a saber a pouco que posso fazer-te frente
escrevo ao ciume para que suma, porque em suma,o coração é uma republica e eu sou a presidente

eu sei que posso amar sem ti, é ponto -ssente!

[jêpê]
escrevo ao que sinto e espero
que o que sinto me leve a escrever a quem quero
sem medo, sincero …
renascido do silêncio e desespero

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