lirik lagu camaleão – kaines
[verso 1: kaines]
bora falar de mim
nem de longe nem de perto
é melhor por um travão, ou então eu não me calo
e talvez por ser assim, tanto falho até que acerto
e aquilo que vai cá dentro, nem há tempo para guardá*lo
a vida dá estalos
e eu vou guardá*los
entre o som das palmas e o bom é que ainda estamos cá
para lá do certo, em cada passo, em cada verso
sou simples e complexo
e o complexo não tem nexo
vi o preço da frontalidade
pesei o peso da verdade
e o resultado é algo que até é do meu agrado
longe do lógico, perto do óbvio
liberto o que é tóxico, hoje estou sóbrio
sim, sou maluco mano, eu sou músico
e num mundo tão escuro eu sou luz e tu?
meço o meu pulso, tenho impulsos que me deixam confuso
mas não recuo nem refuto, até que ponto é abuso?
[refrão: lazy]
às vezes há coisas que são tão
fáceis e difíceis de dizermos não, yeah
somos cegos e sem ter razão
procurarmos a razão de ser
entre o preto e o branco, eu sou cinzento
‘tou bem camuflado lá na minha rua
e isso diz tanto, quando ouvires o vento
esta é a minha cor diz*me qual é a tua?
[verso 2: kaines]
sublinha o que penso e se o clima é tenso
sublime fumo denso e nele eu desapareço e contemplo
paro e inalo deste incenso
absorto adormeço
e o meu corpo sai ileso, intenso
isto é natural, nada sintético
o singular do plural, um progresso aritmético
sem contexto estético o final até é poético
o agora, o pretérito
o real, o hipotético
quem dera, ligaram mas quem era?
sussurram ao meu ouvido
e eu duvido mera, ilusão de um oásis antigo
num paraíso, paraliso
para isso, pára isso
sou indeciso e o compromisso é não decidir já
c*n*lizo a energia no meu talismã
verbalizo não vigarizo o que me traz cá
em cada frase um impasse para um amanhã
[refrão: lazy]
às vezes há coisas que são tão
fáceis e difíceis de dizermos não, yeah
somos cegos e sem ter razão
procurarmos a razão de ser
entre o preto e o branco, eu sou cinzento
‘tou bem camuflado lá na minha rua
e isso diz tanto, quando ouvires o vento
esta é a minha cor diz*me qual é a tua?
[bridge: lazy]
tá implícito desde que eu gatinhava
há indícios que eu suprimira
e os vícios que nunca suplicara
refletem*se em cada palavra
ah, ah, ah
ah, ah, ah
[refrão: lazy]
às vezes há coisas que são tão
fáceis e difíceis de dizermos não, yeah
somos cegos e sem ter razão
procurarmos a razão de ser
entre o preto e o branco, eu sou cinzento
‘tou bem camuflado lá na minha rua
e isso diz tanto, quando ouvires o vento
esta é a minha cor diz*me qual é a tua?
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