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lirik lagu flores – kaps

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[letra de “flores”]

[intro]
se eu não me deito na madeira
onde eu escondo e eu queimo a minha paz eu fico
acende*me a lareira se eu não dispo a minha pele
p’a me tapar nesse frio
se eu não me deito na madeira
onde eu escondo e eu queimo a minha paz eu fico
acende*me a lareira se eu não dispo a minha pele
p’a me tapar nesse frio

[verso 1: kaps]
preciso de 20 deusas p’a foder com o meu ego, ya
(ya) ‘tou a falar a sério
assistência, ou nem entramos no prédio
tantos feelings, vou queimar um salário
mas antes disso, eu tenho que puxar do meu bag
pôr os frames numa imagem inteira
em paz de espírito, eu liberto o design
se a consciência me levar p’a onde eu quero
mudei de verso quando eu bazei dos meus tropas
chorei no dia em que eu deixei de ser mad
se eu não tivesse sido puxado pelo holly
talvez agora nem ‘tivesse no rap
não faço ideia se o meu kamba ‘tá firme
desculpa, bro, mas já não ‘tou na tua back
eu tinha me’mo de fazer as pazes c’a vida
p’a acreditar no que o horizonte promete
as coisas boas não é da noite p’ó dia
eu sabia que tinha de confiar no processo
talvez eu venha a ser melhor influência
quando aprendermos a fazer o que é certo
talvez um dia tenhamos mais empatia
assim que eu meter a minha energia no zero
se eu conseguir fazer as minhas pazes com ela
e o meu perfil tiver um lado sincero
fiz muita merda, vou acabar no inferno
(ya) ‘tou a falar a sério
fui saudável, mas morria de tédio
não ‘tou mais velho, ‘tou com mais um inverno
a suar tipo um junkie na cama
‘tou péssimo em pânico
preciso de ventilar no meu bag
[refrão]
então enforma*me a voz, deixa*me em pó
mata*me a sede de ser só
então enforca*me a voz, e olha p’ra nós
mata*me a sede, eu vou ser o teu copo
quando as palavras soam, eu sei que não minto
mas se saem da tua boca é verdade, eu não sinto
então enforca*me a voz, deixa*me em pó
mata*me a sede de ser só

[verso 2: kaps]
a dama diz: “quando é que voltas p’a casa?”
uma antiga diz: “quando é que voltas p’a mim?”
longe de tudo, vai queimar o contacto
foi um processo até mudar os meus ares
é o que for preciso p’a levar o meu stress
andar p’a trás, faço tudo ao contrário
cabeça cheia, chego tarde ao trabalho
a pensar na altura em que acordava mais leve
debaixo de água como se fosses aquário
bazo fly como se viesse da party
às vezes paro e visualizo o que eu quero
isto é mais fácil se acreditas em ti
muros altos, mas não querem que eu salte
peguei nas pedras e pus todas no gin
eu vim de baixo, tinhas de ver o meu salto
(uh, sh*t) ‘tou a falar a sério
cara feia quando parto o braço, ya
e nesse flow, conheci*te broke
mas eu prometi que ‘tava cá se dobrasse
a confiança que depositas assim
que eu sou crescido e vai sair do meu couro
fiquei falido a achar que valias ouro
eu vou*me embora se a rotina é castigo
hoje eu durmo fora, vou p’a cama sem sono
(huh, tsh) desculpa baby, tenho as cenas à flor da pele
tu só vais ficar bem quando eu for
então podes ir à minha procura nos outros
(huh) já vai o tempo em que me fazias de encosto
eu devia andar com uma ampulheta nos ombros
[refrão]
então enforma*me a voz, deixa*me em pó
mata*me a sede de ser só
então enforca*me a voz, olha p’ra nós
mata*me a sede, eu vou ser o teu copo
quando as palavras soam, eu sei que não minto
mas se saem da tua boca é verdade, eu não sinto
então enforca*me a voz, deixa*me em pó
mate*me a sede de ser só

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