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lirik lagu ninguém toca no meu beco – realidade cruel

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[verso 1]
não consigo respirar! é mais um grito de socorro
e o mundo em silêncio concorda com quem está me sufocando
o sangue já derramado é o mesmo que corre em minhas veias
são gritos de rebeldia, ninguém toca no meu beco

meliantes fardados, praticam torturas
e seguem honrados, seus filhos de ustra!
aí doutor pega sua piedade …e enfia no…
volta de ré, o que noiz quer …é a real liberdade do povo

viver do bom e do melhor
poder usar importado
sem tomar tapa na cara, sem crime forjado ou asfixiado
querem ter paz pra sentarem no portão, sem ter corpo perfurado e ser taxado de ladrão

esteriótipos, correntes invisíveis
grilhões aprisionando, quem devia ser livre
a história é escrita, com tintas de preconceito
até hoje, direitos humanos têm cor e endereço

arromba as trancas do portão dessa sociedade
minhas palavras de fogo, falam por cada vida apagada
enquanto o sol que é pra todos não chegar
a militância aqui do beco não vai parar de lutar
[refrão]
somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

[verso 2]
oração matinal na capela mãe de joelha apela
pede fim do caos na favela paz em beco e viela
vi ela a viatura circulando no asfalto
e o nível de ódio dos puto muito alto

fogos pro pro alto na laje menores na função
ak pro alto muito revoltado e munição

estacas no caminho blindado que traz a morte
fogo no coquetel ja não contamos com a sorte
chumbo trocado não doi conflito que não faz herói
sem casinha e pomba branca casas na tranca

na sala crianças ao chão sangue aflição
quis se proteger dos tiros vários furos na mão
paredes parecem queijo suíço só buraco
e os corpos dos inimigos deu sumiço foram fraco
poder publico versus paralelo
a qualquer sorte como pode pobre monta seu castelo
sem comoção nacional pra quem tomba nos beco
sistema planta o ódio mais um corpo, esterco

me perco nesse tempo muito tempo sonhando com a melhora
diplomacia pra evitar conflito foi embora

[refrão]
somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

[verso 3]
revolta esta no meu flow na massa que cola no show
as minoria são maioria do povo que o beco formou
a força que vence a luta é a cura na sociedade mais justa
verdade é pura e crua nada se muda se for insegura

vamos marchar antes que não possa respirar
antes que seja arrastado e desfigurado pra não te achar
80 tiros , 111 tiros e um silencio absurdo
montamos um congresso que finge de morto se faz de surdo
a postura não mudo não me iludo enquanto meu povo ta de luto
absurdo absurdo acabo com tudo a volta da ai 5 é insulto
documentos foram arquivados mais corpos foram encontrados
quem matou mariele franco, franco atirador foi silenciado

não tenha medo seja ligeiro a voz ecoa desde cedo
contra violência domestica, genocídio do povo negro
vamo pra rua é o levante vamos pra luta nóiz é gueto
luna rabette , rc … ninguem toca no meu beco

[refrão]
somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

somos rua, somos beco, favela, somos gueto
ninguém toca no meu beco
pela luta, pelos preto, pelos pobre, por respeito
ninguém toca no meu beco

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