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lirik lagu o terrorista – realidade cruel

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-alô
satisfação jornalista aqui é a matéria que você deleta
visitei sua mansão e sequestrei sua cinderela
muito bonita estilo modelo de p-ssarela
tá aqui com nós no cativeiro te vendo na tela
da hipocrisia onde tudo parece tão lindo
onde você é arrombado, faz discurso sorrindo
vou te dizer o que aprendi com você:
sonhar com consumismo e realizar com minha pt
pode crê que pra sobreviver tem que ser foda mesmo
toda informação distorcida tem o seu preço
e é justo que eu cobre caro, nada extraordinário
comparado com os fatos e cérebros envenenados
porque você tem o poder pra denunciar
então é só frear a engrenagem da máquina de matar
pra que a miséria não fabrique outro robô
programado pra julgar e bombardear o opressor
do povo, rede globo, judas tá em todo globo
meu ocular não é tolo enxerga todo o jogo
choro, adrenalina, vermelho de ver chacina
de ver seu batalhão gozar medalha heroína
caralho, só cocaína e criança na indisciplina
na lata o crack, no bar um conhaque, doses de pinga
chapo, não faz lembrar que tá sem moradia
nem lembra que é fácil entra truta em qualquer quadrilha
até quando serei matéria que você deleta
até quando correr pra comer sem ter medalha de atleta
só que o país tá uma merda e você é o alvo fatal
tá aqui carniceiro ibope pro seu jornal

-meu deus do céu eles estão com ela
-pelo amor de deus alguém me da uma ajuda
-quem são esses caras?
-à final de contas o que que esses caras querem?
-eles não dizem o que querem
-pera aí
-alô

então playboy não quera dialogar
foda-se sua fonética, sou o embrião com ódio
desastre da genética, sou periferia até a alma estou de pé
quem é vem com fé, com ativista sem chofer
sem ordenado caralho sangrando no asfalto
culpa do poder que diploma pobre pro -ssalto
aqui é só mágoa, no estômago só água
se entupo uma quadrada perco minha alma pros farda covarde
traidor não sou como você
que promove a guerra e distorce informação na tv, vem ver
realidade brutal crueldade
chacinados, decapitados, brasil impunidade
juiz roubou milhões, não dividiu a grade
não foi torturado nem puniu quem provocou m-ssacre
agora é tarde aí, sente o rancor do bandido
esquecido, zuado, espancado, dez anos agredido
ninguém pôs na tela meu filho morto à tiros
tipo caça ao bicho que o governo não deu incentivo
eu lá trancando me atracando com os incho na faca
pivete levou rajada
bolsa não valeu pra nada
quinze conto por mês enfia no rabo
ou tente projetar seu filho um político safado
como você que na mão tem o poder
dando esmola pro povo pra se auto-promover
vem fazer a matéria, aí vê se não deleta
o -n-lfabeto com fome rasgando de bala sua cadela
dentro do audi blindado fedendo no matagal
tá aqui carniceiro ibope pro seu jornal

-puta merda que que foi que eu fiz?
-o que que esses caras querem à final?
-os caras não falam se querem dinheiro
-os caras tão com minha mulher no cativeiro
-os caras vão acabar matando ela
-pera aí
-alô

duzentos mil sem revisão de pena porra tipo epidemia
boy na anistia, merda país da democracia
pro idoso rico óbito em las vegas num c-ssino
aqui o pobre velho morre infecto comento lixo
ou num presídio a vida inteira num pavilhão
jesus chorou por quem decapitou em rebelião
crime hediondo, omissão, jornal por cifrão
põe na tela o dedo no gatilho explodindo ladrão
anti-cristo covarde vai pro inferno
logo você vai entrevistar o diabo de perto
sou pelo certo e por justiça e paz é meu debate
excluído comete homicídio quando quer liberdade
próximo à grande do lado de fora
não sou santo candidato à matar
evito usar o que explode crânio
e canto o rap nacional paranormal
lavagem cerebral que evita o antec-p-do funeral
é foda saber que de hora extra num mundo puto
força foda, longe da minha família
se não esquartejo e faço autópsia
globo cara do brasil hipócrita
tensão rouba tensão
sequestro cús não chora
boy não mostra pobre sem órgãos
desespera decomposto como cachorro morto jogado nas terras
dos fazendeiros que nos vendem ao estrangeiro
abre escravo no meio
como porco na mão de açougueiro
não atiro à esmo
não respiro dinheiro
divulga o manifesto que eu liberto ela do cativeiro

-não é brincadeira não, estou falando sério
o manifesto na tela ou ela no cemitério

-boa noite, o manifesto exibido à seguir vale a vida de minha esposa e de milhões de brasileiros

-o povo exige a revisão de processos
e a caç-ssão dos direitos adquiridos pelo detento
que todo detento tenha direito à um trabalho
e que esse trabalho seja remunerado
e o dinheiro entregue aos familiares
e que seja garantida a educação aos filhos dos presos
para que mais tarde eles não se amontoem nas celas
juntos com seus pais
o povo exige uma troca justa
nos tragam boas escolas e levem daqui suas drogas
nos tragam empregos com salários dignos
e levem daqui seus ferros com seus gatilhos
nos tragam de volta os sorrisos
e levem daqui o ódio que meus filhos mastigam

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