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lirik lagu tic tac – relax 469

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[verso 1]
não me adianta, saltar a tampa
nem mesmo quando viro trapo com tanta trampa
sempre me ensinaram, puto quando cai levanta
caso te tirem o tapete tens de ter uma manta

segui os conselhos, dei ouvidos aos mais velhos
coisas que em tempos modernos vocês nem afrontam, fedelhos…

(nos bons velhos tempos era -ssim…)

também brincava num jardim onde não haviam patos feios

manias ou rodeios, tudo miúdos feitos e de corações cheios
sem medos nem receios, cowboyadas sem tiroteios
onde o estatuto não dependia dos teus meios

mas hoje nada disso importa né?
levar comigo um p-ssado rico é das merdas que me conforta
outros tempos, juntos no centro a baliza era a porta
ou lá no banco do bloco a ver se a vida ia direita ou torta

tudo muda, tudo floresce cresce e parte
uns prás ruas uns prás gruas outros prá arte
vi alguns pisar a terra, outros a basarem pra marte
uns com a vida mais ordeira, ou a viver num mundo á parte

cada um segue, cada um cede e não se perde
quando a origem também é bem empregue…
e eu de mala ás costas á espera que o comboio me pegue…

[refrão]
e dizer que tudo p-ssa e só fica a saudade
quem partiu sem dar destino e fez da vida arte
é levar-me por aí, neste p-sso de dança
se o tempo me prender, eu pago a fiança!

[verso 2]
rebobino a fita da c-ssete com uma bic
é aí que a nostalgia entra e me sobe a pique
ouço o tic ouço o tac p-ssa o tempo tic tac
felizmente ainda há contacto com a maioria da click

desde o punk hardcore àquele mais beto
cada um no seu melhor a definir o seu trajecto
e t-sse bem, está tudo bem é o que importa
um gajo encontr-sse por aí pra matar uma canhota

sem chance, por mais que esta metragem avance
é bom que um homem não canse nem se esqueça daquela data
e sem chance, entra a meio aquele romance, primeiro transe primeiro lance primeira mulata

primeiro encontro com a paixão que me casei
os outros foram tantos que eu agora de cor já nem sei…
os dois ritmados p-sso a p-sso!

[refrão]
e dizer que tudo p-ssa e só fica a saudade
quem partiu sem dar destino e fez da vida arte
é levar-me por aí, neste p-sso de dança
se o tempo me prender, eu pago a fiança!

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