lirik lagu do bules p’ro mercado – russa
[refrão]
eu saio do bules p’o mercado
do mercado p’o casulo
ensaio do bules ao mercado
do mercado até ao casulo
no céu do bules p’o mercado
vê-se um topo pouco azul
tom da tela ‘tá marcado
tem-se disto pouco a sul bro
[verso 1]
sobrou dourado, mas contado
bolso tem o troco atado
pois o guito tem cá ‘tado
taco a taco p’enlatado
toda a tarde tem pensado
camarão congelado
só não tem catado “promo”
pé na calçada, subo o degrau
da superfície comercial
porta automática abre, -ssinala
a minha chegada ao local
pão de farinha barata mais
água e atum de conserva na lata
paka no bolso, braço cansado
aconchega os três
enquanto outro agarra
o que será comprado hoje…
[refrão]
saí do bules p’o mercado
do mercado p’o casulo
sofri do bules ao mercado
do mercado até ao casulo
com o frio a atravessar o casaco
até a pele ficar bem cool
até a pele ficar bem cool, bro
[verso 2]
quebrou uma nuvem mesmo acima
do meu corpo já gelado
apresso o p-sso até que vejo
lá centrado, inter-mercado
entre cafés de cada lado
entre cafés de cada lado
ganda lago, poça. possa!
pus o pé na parte errada
a sapatilha enlameada
corre a estrada e
deixa a roupa salpicada
d-mn, finalmente!
piso o tapete lá na entrada
e volto à história começada…
(onde é que eu ia?)
(…) ah! com o braço cansado
chego ao fim da fila, parece parado
tá uma caixa aberta p’a tanto aparato
três euros e treze cobrado, então
dei-lhe o cartão, mas foi recusado
tento outra vez, não autorizado
é estranho, deve estar avariado…
o multibanco…eu volto já…
vou do mercado p’o casulo
com o rosto já mais rosado
do mercado p’o casulo
com vergonha lá estampada
olho à volta na procura
do que dê para ver o saldo
dou um salto com o visor
a mostrar dois no valor
eu fui do bules p’o mercado
do mercado p’o casulo
tiro a chave, viro o trinco
para ver o quase nulo virar d’ângulo
bem trancada, na gaveta
tava uma de 10 guardada
agarro e ponho a mão no bolso
p’ra não a deixar molhada
do casulo p’o mercado
mais um p-sso, já é tarde
o buraco de há bocado
deixou-me o pé alagado again
cara, pouco agrado
mas já ‘tou de volta, ámen!
toma esta nota, dá-me esse troco man
desculpa empatar, dá-me um desconto d-mn
o bules abalou-me, a chuva embalou-me
treme o corpo com o peso
do garrafão d’água, a lata d’atum
e o pão de farinha barata comprado
depois do cartão rejeitado no inter-mercado
hoje
hoje
hoje
[refrão]
fui do bules p’o mercado
do mercado p’o casulo
do casulo p’o mercado
do mercado até ao casulo
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