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lirik lagu bairro alto de são roque – sp deville

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[verso]
já é uma da matina ca matilha a girar no bairro alto
há procura de um bom clima pa pausar!
a lua brilha lá em cima
dá*nos todos as boas vindas
hoje o palco é as ruas e o concerto é prolongado
vejo caras conhecidas
umas largas outras fingem
todas falam o que pensam
o que sentem ‘tá guardado
ampliados os sorrisos, dilatadas as pupilas
todas mágoas são esquecidas
afogadas pelos bares
lá vou eu uivando em silêncio
com os meus olhos sempre intensos
capturando toda a essência à minha volta
vou cumprimentando gente que me contempla os momentos
sentimentos ensinamentos que a minha caneta porta
vejo putos vejo kotas
vejo o surto da revolta
de uma luta com derrotas
que é vencida pelos shots
vejo furtos vejo drogas
vejo tudo o que não notas
vida é curta com batotas
e eles brincam com a sorte
labirintos de sotaques, dialectos variados
vão sorrindo esmerados com o preço que é cobrado
não é caro não meu caro
estão famintos com a beldade da cidade
a comida e o fado, a saudade
nestas ruas um passado cimentado
onde poetas e piratas
estão sentados no alterne a jogar cartas
arquitectos com navalhas
comandantes e escumalha
médicos e aristocratas
todos bebem do gargalo da garrafa
pescadores e jornalistas, pecadores e comunistas
viajantes de outros mares embriagados pela vista
sonhadores e os artistas
pintores e os fascistas
emigrantes acabados de chegar à nossa lisa
a boémia é abraçada
e as guitarras portuguesas
tocam um fado já mudado pela morna
que vem de áfrica
são factos tatuada a riqueza numa história
só contada por quem sabe
e por sabê*la muito grato
500 anos de memórias
que transportam falatórios, nascimentos os velórios
casamentos os divórcios
ouves cantos das gaivotas
que comentam os negócios
mais escuros de são roque
onde o sangue do ser pobre
os palácios, miradouros
construídos pelos escravos
já mulatos filhos mouros
conseguidos pelo rapto
esquecemos o legado
não há livros só boatos
de um passado atormentado
que é pintado com vaidade
mas cantada a verdade
com a alma entrelaçada
no calcário da calçada
nos mosaicos vês as marcas
que quem andou pelo bairro
as carroças os cavalos
terramoto que avassala
e abanou a capital
de dia tudo pacato
vizinhos aconchegados
ajudam*se uns aos outros
peixe fresco é pescado
baratinho no mercado
já fechado como o adamastor
liberdade era miragem
sepultura sabotagem
dos direitos e todos os seus valores
mas a mensagem corre as margens
a bravura e os cravos, a censura acaba hoje
quem esquece estas vias
ruas estreitas e vadias
onde as fotografias
não te contam o sabor
coração tu vês de dia
de uma aldeia que é tímida
onde tudo é família
mas a alma sai de noite
todos prédios e as esquinas
decoram as varandinhas
hoje assa a sardinha
e há vinho para todos
tradição é cumprida
hoje os santos ganham vida
e caminham com alegria
pelos sorrisos deste povo

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