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lirik lagu kavalo de tróia – tilt (orteum)

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[verso 1]
uma colher de cada vez
não te atropeles, a circulação é perfeita por defeito
não tentes acompanhar o movimento cavaleiro
se eu fosse ti deixava-me ficar no estaleiro, junto à palha
uma colher de cada vez
não te atropeles, a circulação é perfeita por defeito
coice arterial é sempre válido
raça: puro sangue lusitano
mano cavalga na alma do puritano
há quem salte para abismos
há quem finja que há sismos e desequilibra-se para vícios
é o mais fácil: entropia
abandono
sono de quem já dormia com um g’anda corno
q’esta vinda anda a pôr-me
luz, câmera, acção: sangue. actor de gun à mão
revólver na boca
este pesadelo sonha-me vezes sem conta. tento
olha sem ambição mas este é meu para sempre!
este é aquele natal que não ardeu de presentes
eu de caduceu p’a frente, torto com os meus dentes todos
cuspo. na boa
ele entra no teu castelo oferecido pelo teu maninho…
faz-te conhecer um eu “marinho” na forma metes água
porque ele tem um ventre metálico
e o teu mundo é nada quando tu és só restos de mágoa
podre por dentro
nem o elixir da vida te salva o hálito
é demente, esta forma de dar espectáculos
quando a vida é nada e um gajo nada em aplausos…
o carocho tomou-lhe a boca: corte no lábio
não é cieiro mas este frio por dentro..
ya, olha o vírus pirata intravenoso
mitra venenoso convida o tenebroso para a lava e diz que hidrata
aos poucos destrói a mente do carocho de tróia. benze
antes de seres engolido pela jibóia dentro
e o sufoco também sentes?
cada chuto é golo do próprio redes
sócio, mentes se dizes que não gostas da viagem
que desata o nó dos dedos
há quem lhe chame heroína
na verdade não a conheço
mas a história deve outra mesmo com um nome desses
mas há quem diga que é bom meter
uma agulha achada num palheiro
num mano que acabou de morrer
a vida é caos. mordo quem?
hoje morro longe como cães
diabo é todo ‘sbem e está-se a masturbar a olhar p’ra mim
língua triangular e a trilhar caminho
enquanto eu cavalgo, ele aplaude sozinho
vem ter comigo quando eu estou mau de pozinhos..
estou mal dos ouvidos
rápido desp-che da minha vida
vida é rock progressivo com ácido debaixo da língua
invadiram o meu castelo de carne
vida vê-me como um pastel de carne
elo do karma, belo do dharma
dá-me cara, dente amarelo
de barba nos perdidos e achados (já magros)
cadáver com buracos na alma pelo cavalo de tróia
medicação: equitação
meditação é quando o meu corpo bóia
em que eu não sinta o chão
só paranóia

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