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lirik lagu arena – zé menos & pedro, o mau

[verso 1: zé menos]
em cada esquina * um rosto cansado de não ter tempo
em cada vida * um fosso escavado pra esconder medos
em cada riso * bocas fechadas por não ter dentes
em cada sina * bebe*se e espera*se que pese menos
(em) cada tasco * suspiros capazes de fazеr vento
em cada brisa forte * vontade dе não ter peso
pensei regar os cravos mas já estavam secos

[pré*refrão: zé menos]
o nosso suor rega os cravos
o sal que sai do rosto torna tudo gasto
o nosso suor rega os cravos
pensei regar os cravos mas já estavam secos
o nosso suor rega os cravos
o nosso suor rega os cravos

[refrão: zé menos]
grândola vila morena, grândola vila sem cor
todos escuros nesta arena já que o sol não se quis pôr
houve quem escondesse a lua pra nos privar de ter noite
mas o sol sonhou com a rua, saiu sem picar o ponto
[verso 2: zé menos]
promessas eram tantas nos perfumes que cheirei
nem que haja seca em grândola há água para os canteiros
tudo quis ser um dono, ninguém quis ser jardineiro
e agora é raro o cravo que a estufa não educa
as flores da liberdade são filhas da procura
agora é raro o cravo que vive em liberdade (vive em liberdade)

[pré*refrão: zé menos]
pensei regar os cravos mas já estavam secos
o nosso suor rega os cravos
o nosso suor rega os cravos

- ze menos pedro o mau

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